Abel Braga é demitido do Fluminense: 'Chegou o momento de mudanças'

Abel Braga não é mais o técnico do Fluminense. Após chegar à quinta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro neste domingo, em 2 a 0 para o Grêmio, treinador garantiu que não entregaria o cargo, mas foi destituído pela diretoria tricolor.

Ainda antes da reapresentação dos jogadores nas Laranjeiras, o presidente do clube, Peter Siemsen, cercados dos diretores Sandro Lima e Rodrigo Caetano, comunicou o fim do ciclo de Abel no clube. "Hoje, a gente vem comunicar que Abel não vai continuar. Com todo carinho, sucesso que tivemos em 2011 e 2012, chegou o momento de promover mudanças, trazer novos ares para o Fluminense. A gente fala com certa emoção, porque criamos laços. Mas é preciso ter frieza, já que os resultados não estão acontecendo", anunciou o mandatário tricolor. Buscando o novo comandante para o elenco, o Flu já começa a ventilar Ney Franco, demitido há cerca de um mês pelo São Paulo. Também no mercado, Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho têm salários altos e não devem acertar. Além disso, o último saiu de maneira conturbada do Tricolor em 2011 e tem pouco trânsito. Sem treinador, o Fluminense volta a campo já nesta quarta-feira, no Maracanã, diante do líder Cruzeiro. Com apenas nove pontos, a equipe é a 17ª colocada no Brasileirão, ocupando a zona de rebaixamento. Para a partida, o Tricolor vai contar com os retornos de Digão e Fred, suspensos no último jogo, e ainda precisar definir seu lateral-direito. O titular Bruno está lesionado e Wellington Silva, que disputou o último jogo, voltou a sentir o tornozelo e pode desfalcar o Flu. Histórico Depois de uma primeira passagem em 2005, onde conquistou o Campeonato Carioca, Abel voltou ao Fluminense em 2011. A chegada foi cercada de expectativa. Depois de perder Muricy Ramalho, o Tricolor aguardou cerca de três meses para contar com o treinador, que estava no futebol árabe. Após dois anos de clube, o técnico é o terceiro que mais esteve à frente do time das Laranjeiras, com 216 jogos. Na volta, o treinador levantou o Carioca e o Brasileirão de 2012. Contestado pela torcida, que chegou a pichar o muro da sede com pedidos pela saída do ex-zagueiro, Abel não resistiu à sequência de derrotas.